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Sessões Coordenadas

01 – Recordações, narrativas e análise das cotidianidades na ditadura

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Prof. Dr.ª Carla Peñaloza (Universidad de Chile)

Prof. Dr.ª Silvia Dutrenit (Instituto de Investigaciones Dr. José María Luis Mora)

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No período da Guerra Fria, os países do Cone Sul viveram ditaduras inspiradas na Doutrina da Segurança Nacional. Como consequência, surgiu o terrorismo de Estado dominando uma extensa geografia da América Latina. Uma prática repressiva sistemática, que perpassou todo o período ditatorial quase até o momento das eleições da transição, acarretou graves consequências em relação à violação dos direitos humanos, a ponto de ser consideradas como delitos de lesa humanidade. O desaparecimento forçado, o roubo e a mudança de identidade dos menores de idade, a prisão e a  tortura permanente, a execução e o exílio em massa, formaram parte dessa cotidianidade das ditaduras. Também fizeram parte desse terrível cenário a introdução de um plano executado pelos serviços de inteligência da região que provocou o aumento dos delitos. Sem dúvida, existiu um controle social e uma desarticulação das organizações sociais e políticas, mas, é importante salientar, que a atividade militante oriunda da resistência deu-se nas mais diferentes linhas de combate, seja na clandestinidade, no exílio e, também, nas prisões.  Memórias e histórias desse passado recente foram sendo recuperadas, através de um entrelaçado de resistências e solidariedades, subjetividades e ações coletivas. Este simpósio convida todos a conhecer novos estudos, novos olhares que incluam, também, aspectos como as organizações sociais e políticas, as muitas expressões de solidariedade, as particularidades dos gêneros e as gerações.

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02 – Intelectuais e ideias em trânsito

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Prof. Dr.ª Ana Paula Barcelos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Prof. Dr.ª Karoline Carula (Universidade Federal Fluminense)

Prof. Dr.ª Maria Letícia Corrêa (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

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Para refletirmos acerca dos intelectuais, é fundamental pensá-los inseridos em instituições de poder ou de Estado, ou seja, nos variados espaços da sociedade civil e da sociedade política. Os intelectuais transitam no campo do poder, engajando-se, dentre outros, em discussões sobre os rumos das nações, em seus múltiplos aspectos, social, político, econômico e cultural. Assim, seu locus de atuação situa-se na esfera pública. O objetivo desta sessão é abrigar estudos que estejam centrados na história intelectual e dos intelectuais. Pretende-se agregar trabalhos que foquem sua análise no movimento de ideias e nas relações entre intelectuais, cultura, sociedade, ciência e nação, com vias a ampliar os debates neste campo de pesquisa e contribuir para o estudo do papel dos intelectuais na sociedade civil e política.

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03 – Tráfico e escravidão

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Prof. Dr. Jonis Freire (Universidade Federal Fluminense)

Prof. Dr. Jorge Prata Sousa (Universidade Salgado de Oliveira)

 

A permanente demanda por braços escravos fez com que o deslocamento populacional pelo Atlântico fosse praticamente ininterrupto, pelo menos desde o século XVI até o século XIX. Salvaguardadas as flutuações de intensidade, a sangria de gentes que escoava da África rumo à Europa e Américas teve profundas consequências em todos os lados de onde saíram e para onde foram os cerca de 10 milhões de escravizados dos quais se trata nesta sessão coordenada, cujo objeto das reflexões abarca desde as estratégias de captura, comércio, transporte, e distribuição destas pessoas até o impacto econômico, cultural e demográfico destes movimentos em seus contatos com as populações americanas.

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04 – Cristianismo e fronteiras: contatos e enfrentamentos

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Prof. Dr. Marcelo Timotheo (Universidade Salgado de Oliveira)

 

Até etimologicamente, as religiões – de “religare”, religar – enfatizam a ideia de movimento. Movimento entre esferas celeste e terrestre, entre o eterno e o século, o transcendente e o imanente. Assim, p. ex., na evolução bimilenar da experiência cristã, instituições e fiéis, baseados em leitura de fé que tomava a vida como peregrinação ao Alto, concebiam a si mesmos como peregrinos especiais, peregrinos no tempo e para fora dele, sempre a caminho, em elevação, rumo à Jerusalém Celeste. Por outro lado, das religiões cristãs e de suas plurais vivências, surgiu também a estabilidade:  o cristianismo, em suas grandes vertentes – católica romana, ortodoxa, reformada –, ajudou a definir o permanente, marcando fronteiras, construindo e consolidando geografias políticas e populacionais. Definições que, bem marcadas, funcionaram como âncoras societárias, comunais, firmando vínculos e identidades.  Englobando o que se move e o que permanece e a tensão daí advinda, encontro que é também movimento, propõe-se pensar o fenômeno cristão na História, suas práticas, comunidades de fé, seus intelectuais, tradições várias e também correntes de mudança.  Assim, acredita-se poder contribuir para a melhor definição de determinadas fronteiras do sagrado. Fronteiras na sua dupla acepção: áreas de máximo contato, áreas de enfrentamento.

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05 – E/Imigração

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Prof. Dr.ª Érica Sarmiento  (Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Prof. Dr.ª Helenice Sardenberg (UNILASALLE/ Niterói)

Prof. Dr.ª Lená Medeiros de Menezes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Prof. Dr.ª Patricia Flier (Universidad Nacional de La Plata:Argentina)

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Os fenômenos migratórios têm merecido lugar de destaque nos ambientes acadêmicos com diferentes mudanças de enfoque nos modelos de análise, na metodologia e nas fontes utilizadas. Objetiva-se, a partir dessa sessão, reunir comunicações que apresentem uma abordagem a partir dos enfoques metodológicos e das perspectivas de análise tais como: os fenômenos de mobilidade econômica internacional da mão de obra ou do exílio político; mulher e gênero; os fluxos migratórios no processo de construção das sociedades emissoras e receptoras; discursos, imaginários e representações  do “outro” e-imigrante; processos de inserção nos espaços urbanos e criação de estratégias étnicas como as redes sociais, o associativismo formal e as iniciativas assistenciais; a emigração de retorno, os contatos entre origem e destino (massa média, redes e novas tecnologias) e, por último, a transnacionalidade e a interculturalidade.

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06 – Cidades e seus movimentos

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Prof. Dr. André Nunes de Azevedo  (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Prof. Dr.ª Mônica Gatica (Universidad Nacional de la Patagonia San Juan Bosco)

Prof. Dr. Rafael Pinheiro de Araújo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

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Ao longo dos tempos, as cidades têm sido o lugar por excelência de relações entre pessoas, que se congregam em seu espaço para múltiplas finalidades. Essa sessão tem o objetivo de reunir comunicações que tenham como temática a cidade. Serão aceitas abordagens que contemplem desde uma perspectiva mais teórica, com análises referentes ao pensamento e às formas de conceber a cidade, bem como trabalhos cujo enfoque esteja relacionado aos múltiplos movimentos que perpassam o viver em uma urbe, em seus âmbitos, econômico, político e cultural.

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07 – Governos e práticas políticas

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Prof. Dr. Jayme Lúcio Ribeiro (Instituto Federal do Rio de Janeiro/ Faculdades Integradas Campograndenses - FEUC)

Prof. Dr.ª Vivian Zampa  (Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

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As sociedades, em suas diferentes formas de organização política, contaram, ao longo da história, com diversas concepções de governo. Num sentido mais ampliado, tal termo pode ser entendido como o conjunto de pessoas que exercem o poder político, como também o complexo de órgãos que detém o exercício do poder. Essa sessão coordenada tem por objetivo reunir comunicações, cuja temática esteja relacionada aos múltiplos enfoques que envolvem o exercício do poder na era moderna e contemporânea.  Isso nos remete a congregar trabalhos que perpassem por uma discussão sobre governos e sua atuação nas sociedades.

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08 – Movimentos sociais e seus desdobramentos

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Prof. Dr.ª Angela Roberti (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Prof. Dr.ª Marly Vianna (Universidade Salgado de Oliveira)

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Agentes políticos por excelência – e por isso mesmo objeto tradicional da reflexão historiográfica – os movimentos sociais englobam todas as intervenções coletivas destinadas a transformar as condições de existência de seus atores de exercer sua cidadania, de contestar as hierarquias ou as relações sociais gerando identidades coletivas e sentimentos de pertencimento baseados em valores comuns. Partindo dessas definições, propõe-se analisar os movimentos sociais, dando ênfase tanto àqueles mais estruturados e organizados (movimento operário, movimento estudantil, movimento camponês) quanto às irrupções de protesto de origem mais difusa; movimentos, todos eles, que abrangem situações políticas, econômicas, sociais e de mentalidades.

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09 - História militar e fronteiras

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Prof. Dr. Fernando Rodrigues (Universidade Salgado de Oliveira)

Prof. Dr. Thiago Moreira de Souza Rodrigues (INEST - Universidade Federal Fluminense)
Prof. Dr. Tony Payan (Universidad Autónoma de Ciudad Juárez - Ciudad Juárez, Chihuahua / Rice University - Houston, Texas) 

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Essa sessão tem por objetivo congregar, em um mesmo debate, acadêmicos, militares, docentes e demais profissionais interessados na pesquisa de temas convergentes entre a história militar e os estudos de fronteiras. Geralmente, a cultura da memória vem desempenhando um papel essencial para a continuidade do debate sobre a construção e desenvolvimento de uma sociedade. O debate ocorrerá na reflexão de assuntos relacionados, desde a questão metodológica de utilização das fontes dos arquivos militares, até o entendimento, de como os organismos militares atuaram na conquista e defesa dos territórios. Instituições militares que contribuíram para a construção da história. É importante compreender as diferentes posturas e atuações que os militares empreenderam nesses territórios, identificando a articulação estabelecida, entre Estado e sociedade. Buscar-se-á, portanto, debater os estudos sobre a história militar e sua interface com a construção das fronteiras.

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10 - A família brasileira e suas interfaces, séculos XVIII a XX: arranjos e rearranjos


Prof. Dr.ª Margarida Durães (Universidade do Minho, Portugal)

Prof. Dr.ª Vitória Schettini de Andrade (Universidade Salgado de Oliveira)


O estudo sobre a formação da família brasileira vem nos últimos anos ganhando fôlego junto a academia e são hoje temas recorrentes nas Ciências Sociais. Análises sobre compadrio, ilegitimidade, mestiçagem, concubinato e casamento são discutidos de forma madura e possuem um cabedal explicativo amplo para diversas regiões do Brasil. Junto a esses temas uma série de outros fatores são associados, sempre colocando a existência da família de maneira mais crítica, nutrida por uma série de interesses e muitas vezes de complexo entendimento. Assim, serão bem vindos neste Simpósio Temático trabalhos de temas variados que versam sobre o entendimento da família brasileira e os fatores que estão ligadas a ela, seja voltado para a categoria de livres, escravos, libertos e índios.


11 - O mundo iberoamericano: movimentos de independências e projetos de nação

 

Prof. Dr. Flávio Gomes Cabral (Universidade Católica de Pernambuco)

Prof. Dr.ª Marisa Saenz Leme (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)


O processo de independências das sociedades ibero-americanas foi marcado por múltiplas e variadas facetas, as quais de certo modo refletem as especificidades das diferentes regiões que então se constituíam enquanto identidades políticas, distintas das suas antigas metrópoles. Essa sessão pretende reunir estudos, cujas análises contemplem discussões que enfoquem as principais ideias, representações, projetos e propostas cogitadas pelos diversos atores sociais no contexto dos movimentos de independência. De igual maneira, serão bem-vindos, a essa sessão, trabalhos que perpassem pela temática da cultura e vocabulário político, da construção das identidades e emergência das nacionalidades, bem como os fundamentos intelectuais e políticos que envolveram a construção desses novos países ao longo do século XIX.

 

12- Serviços ao rei e corrupção nos Impérios ibéricos - séculos XVII ao XIX

 

Prof. Dr.ª Marieta Pinheiro de Carvalho (Universidade Salgado de Oliveira)

Prof. Dr.ª Nívia Pombo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)


A sessão tem como propósito refletir acerca de alguns temas relacionados aos impérios ibéricos: as ações piedosas dos laicos, que buscavam favorecer a posição econômica e social de suas famílias; os serviços financeiros que os súditos prestavam a monarquia; e a corrupção. No Antigo Regime as relações estavam baseadas em um sistema de pactos e compromissos, que se verificavam por meio do “dar e receber”. Esse movimento de dons e contra-dons pode ser verificado quando a coroa enfrentava problemas financeiros, em especial durante os períodos de guerras, nos quais as corporações e os súditos outorgavam serviços financeiros ao soberano em troca de diversos privilégios ou mercês. Sem embargo, os privilégios e as concessões outorgadas favoreciam a corrupção.


 

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