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Sessões Coordenadas

1 – Ditaduras, memórias e exílios

 

Maurício Parada (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)

Soledad Lastra (Universidad Nacional de La Plata)

 

Desde meados do século XX,  algumas regiões, como é o caso do Cone Sul, viram-se submersas em regimes autoritários que fizeram da repressão um dos instrumentos para silenciar e  aniquilar a oposição política. Apesar de possuírem  diferenças,  as  ditaduras, de maneira geral, implantaram  formas de governo com o intuito de censurar, perseguir, encarcerar, exiliar e matar ao considerado "inimigo", "subversivo" e "terrorista" que ameaçava a  ordem social. Esta sessão pretende reunir propostas interessadas em problematizar os vínculos entre ditadura e repressão, especialmente em relação aos exílios, entendido como consequência direta ou indireta do exercício de formas estatais de violência. Objetiva-se refletir e  discutir os modos de operar, os impactos que tiveram  as experiências das pessoas expulsas e as memorias coletivas dessas sociedades. 

 

 

2 – Intelectuais e ideias em trânsito

 

Ana Paula Barcelos (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Karoline Carula (Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Maria Letícia Corrêa (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

 

Para refletirmos acerca dos intelectuais, é fundamental pensá-los inseridos em instituições de poder ou de Estado, ou seja, nos variados espaços da sociedade civil e da sociedade política. Os intelectuais transitam no campo do poder, engajando-se, dentre outros, em discussões sobre os rumos das nações, em seus múltiplos aspectos, social, político, econômico e cultural. Assim, seu locus de atuação situa-se na esfera pública. O objetivo desta sessão é abrigar estudos que estejam centrados na história intelectual e dos intelectuais. Pretende-se agregar trabalhos que foquem sua análise no movimento de ideias e nas relações entre intelectuais, cultura, sociedade, ciência e nação, com vias a ampliar os debates neste campo de pesquisa e contribuir para o estudo do papel dos intelectuais na sociedade civil e política.

 

 

3 – Tráfico, escravidão e mestiçagens

 

Jonis Freire (Universidade Federal Fluminense)

Jorge Prata Sousa (Universidade Salgado de Oliveira)

 

A permanente demanda por braços escravos fez com que o deslocamento populacional pelo Atlântico fosse praticamente ininterrupto, pelo menos desde o século XVI até o século XIX. Salvaguardadas as flutuações de intensidade, a sangria de gentes que escoava da África rumo à Europa e Américas teve profundas consequências em todos os lados de onde saíram e para onde foram os cerca de 10 milhões de escravizados dos quais se trata nesta sessão coordenada, cujo objeto das reflexões abarca desde as estratégias de captura, comércio, transporte, e distribuição destas pessoas até o impacto econômico, cultural e demográfico destes movimentos em seus contatos com as populações americanas.

 

 

4 – Religião e religiosidades em trânsito

 

Carlos Engemann (Universidade Salgado de Oliveira)

Eliane Cristina Deckmann Fleck (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)

Marcelo Timotheo (Universidade Salgado de Oliveira)

 

Desde o século XII, a Europa empreendeu movimentos de expansionismo calcados nas premissas religiosas. Das Cruzadas à Expansão Ibérica, embora tenha havido um enorme deslocamento e do caminho privilegiado para alcançá-los, o movimento do Mediterrâneo ao Atlântico levou consigo o desejo de expandir a fé católica, tanto em seus agentes protagonistas, como na percepção discursiva dos partícipes menos engajados ao catolicismo. Não obstante a isso, a miríade de realidades práticas e discursivas acerca do universo religioso com as quais este catolicismo tridentino teve de se haver gerou uma série de fenômenos que se prestam a múltiplas leituras. Os movimentos, trânsitos e transformações sofridos pelas crenças, convicções e práticas catequéticas ou ritualísticas são o mote desta sessão coordenada.

 

 

5 – E/Imigração

 

Érica Sarmiento  (Universidade Salgado de Oliveira / Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Lená Medeiros de Menezes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Renata Siuda-Ambroziak (Universidade de Varsóvia)

 

Os fenômenos migratórios têm merecido lugar de destaque nos ambientes acadêmicos com diferentes mudanças de enfoque nos modelos de análise, na metodologia e nas fontes utilizadas. Objetiva-se, a partir dessa sessão, reunir comunicações que apresentem uma abordagem a partir dos enfoques metodológicos e das perspectivas de análise tais como: os fenômenos de mobilidade econômica internacional da mão de obra ou do exílio político; mulher e gênero; os fluxos migratórios no processo de construção das sociedades emissoras e receptoras; discursos, imaginários e representações  do “outro” e-imigrante; processos de inserção nos espaços urbanos e criação de estratégias étnicas como as redes sociais, o associativismo formal e as iniciativas assistenciais; a emigração de retorno, os contatos entre origem e destino (massa média, redes e novas tecnologias) e, por último, a transnacionalidade e a interculturalidade.

 

 

6 – Cidades e seus movimentos

 

André Nunes de Azevedo  (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Marieta Pinheiro de Carvalho (Universidade Salgado de Oliveira)

 

Ao longo dos tempos, as cidades têm sido o lugar por excelência de relações entre pessoas, que se congregam em seu espaço para múltiplas finalidades. Essa sessão tem o objetivo de reunir comunicações que tenham como temática a cidade. Serão aceitas abordagens que contemplem desde uma perspectiva mais teórica, com análises referentes ao pensamento e às formas de conceber a cidade, bem como trabalhos cujo enfoque esteja relacionado aos múltiplos movimentos que perpassam o viver em uma urbe, em seus âmbitos, econômico, político e cultural.

 

 

7 – Governos e práticas políticas

 

Vivian Zampa  (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

As sociedades, em suas diferentes formas de organização política, contaram, ao longo da história, com diversas concepções de governo. Num sentido mais ampliado, tal termo pode ser entendido como o conjunto de pessoas que exercem o poder político, como também o complexo de órgãos que detém o exercício do poder. Essa sessão coordenada tem por objetivo reunir comunicações, cuja temática esteja relacionada aos múltiplos enfoques que envolvem o exercício do poder na era moderna e contemporânea.  Isso nos remete a congregar trabalhos que perpassem por uma discussão sobre governos e sua atuação nas sociedades.

 

 

8 – Movimentos sociais e seus desdobramentos

 

Alexandre Belmonte  (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Carla Peñaloza (Universidad de Chile)

 

Agentes políticos por excelência – e por isso mesmo objeto tradicional da reflexão historiográfica – os movimentos sociais englobam todas as intervenções coletivas destinadas a transformar as condições de existência de seus atores de exercer sua cidadania, de contestar as hierarquias ou as relações sociais gerando identidades coletivas e sentimentos de pertencimento baseados em valores comuns. Partindo dessas definições, propõe-se analisar os movimentos sociais, dando ênfase tanto àqueles mais estruturados e organizados (movimento operário, movimento estudantil, movimento camponês) quanto às irrupções de protesto de origem mais difusa; movimentos, todos eles, que abrangem situações políticas, econômicas, sociais e de mentalidades.

 

9 - História militar e fronteiras

 

Fernando Rodrigues  (Escola Superior de Guerra)

Adriana Aparecida Marques (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

 

Essa sessão tem por objetivo congregar, em um mesmo debate, acadêmicos, militares, docentes e demais profissionais interessados na pesquisa de temas convergentes entre a história militar e os estudos de fronteiras. Geralmente, a cultura da memória vem desempenhando um papel essencial para a continuidade do debate sobre a construção e desenvolvimento de uma sociedade. O debate ocorrerá na reflexão de assuntos relacionados, desde a questão metodológica de utilização das fontes dos arquivos militares, até o entendimento, de como os organismos militares atuaram na conquista e defesa dos territórios. Instituições militares que contribuíram para a construção da história. É importante compreender as diferentes posturas e atuações que os militares empreenderam nesses territórios, identificando a articulação estabelecida, entre Estado e sociedade. Buscar-se-á, portanto, debater os estudos sobre a história militar e sua interface com a construção das fronteiras.

 

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